segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Um assador de castanhas invulgar

 À primeira vista podem pensar: «O que tem de especial um assador de castanhas?». É uma peça que todos os portugueses conhecem e que, até há algum tempo atrás, víamos com facilidade.

O que distingue este assador dos habituais, mais modernos, é que não tem duas asas, mas apenas uma pega superior. Destinava-se a ser usado nas lareiras, sobre as brasas suspenso por uma cadeia de ferro.

Eu nunca tinha visto nenhum e o meu amigo Ramiro que teve a amabilidade de me o oferecer também não, pelo que presumo que deve ser raro.
Tenho um pressentimento, sem qualquer fundamento, de que os transmontanos os devem conhecer melhor. Talvez algum deles tenha alguma coisa a acrescentar. Fico à espera de opiniões ou de recordações.


2 comentários:

Al da disse...

Pois ee mesmo como dizes! Esse tipo de assadores de castanhas dependuravam-se sobre as lareiras, não só em Tras-os-Montes como TV na Beira Alta.

Tive oportunidade de os ver 'in loco' sempre que ia AA quinta d avos d Vitor, onde vivia uma tia que mantinha a tradição . As panelas de ferro tb tem, para alem de uma asa,os três pés.
Tanto podiam dependurar-se' como pousar na lareira. Havia um gancho com um fio , (uma corda ?) que ate podia ser regulado na altura, para essas panelas e tb para o Assador de castanhas! Era por altura dos Santos (1 de Novembro) que era costume assarem-se castanhas, entremeada nas brasas e jeropiga!
E..... Acontece' ou acontecia' que os elementos mais novos da família, eontravam-se fora, ou a estudar ou ja tinham já casado e organizado a sua vida ,e s, podiam aproveitar o dia 1 d Novembro, feriado de Todos-os Santos p irem ,a terra. E esta ida considerava-se de MT importância e de respeito p antepassados mortos. Pois a 2 de Novo era dia d Fieis Defuntos (em q se ia a Missa e em procissão ao cemitério, onde campas e jazigos já tinham sido limpos e arranjados com flores pela família. O pároco, sabendo d dificuldade de se juntarem todos os u
familiares no dia d Fieis Defuntos q era dia de trabalho, mudava sempre a missa p o fria 1 q era Feriado.
Então, dava-se a circunstancia de, no mesmo dia se chorarem os mortos e celebrar o encontro dos familiares vivo com castanhas e jeropigae depois de se voltar d cemitério, iam todos p a quinta comer castanhas e beber jeropiga, esquecendo a morte e celebrando a vida da família reunida. Era TV nessa altura q, nas beiras, especialmente n B Alta se colhiam os marmelos e se trazia a abóbora a soPa e

Ana Marques Pereira disse...

Alda,
Deixe-me só acrescentar que as correntes de ferro onde se suspendiam estes assadores e os potes de cozinha se chamam em Trás-os-Montes «cadeias» ou «gremalheiras».
Agradeço o seu comentário.