domingo, 11 de novembro de 2012

O Super Pop Limão

O Super Pop foi, a par com o Sonasol, um dos detergentes portugueses com maior prestigio.
Era produzido pelo grupo Unisol Sociedade de Distribuição e Exportação que pertencia à Quimigal desde 1967. O primeiro registo que detectámos deste detergente foi em Abril de 1973. Só em 1989 a Quimigal passou a deter a totalidade do capital social da Unisol.

Em 1990 a Quimigal fez uma alienação parcial do grupo Unisol que passou para a Colgate Palmolive. Com esse acto muitas das mais importantes marcas nacionais, tanto de higiene pessoal como de limpeza doméstica, e onde se incluíam os sabonetes Festa e Feno de Portugal, a lixívia Javisol, os produtos Feno Vert Sauvage, o detergente Xau e os detergentes para louça Pop e Super Pop, mudaram de mãos. No ano seguinte os 30% detidos pela Quimigal passariam em definitivo para a empresa internacional Colgate Palmolive.
 Em 1992 era registado o «Super Pop Creme Limão», em 1993 o «Super Pop 2000 Caça Gorduras», de que não me lembro nunca de ter ouvido falar, e em 1998 o «Super Pop Amoniacal». Todos registados pela Colgate Palmolive.
Este saco moderníssimo, oferta do Super Pop Limão, tal como o próprio logótipo do detergente, adaptava-se bem ao gosto da Pop Art, fazendo lembrar obras de Andy Warhol na fase em que abandonou a publicidade comercial para se dedicar à arte.
Este saco do Super Pop Limão, tomado como objecto de arte, podia equiparar-se à representação de objectos vulgares feitos por Andy Warhol, tal como as caixas de detergente «Brillo», realizadas em serigrafia, em 1964.

2 comentários:

João Nobre disse...

Nem fazia ideia de que o Super Pop era português!

Quanto ao Feno de Portugal, tanto quanto sei agora é fabricado na Turquia...

São os sinais dos tempos, em que até um dos mais tradicionais sabonetes portugueses já nem sequer é fabricado em Portugal.

Divulguei:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2015/03/o-super-pop-limao.html

Ana Marques Pereira disse...

João José Horta Nobre,
Obrigada pela divulgação.
Desconhecia que o Feno de Portugal viesse agora de tão longe.
Um abraço.