terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pormenores em azulejaria


Na minha última ida a Coimbra para assistir ao Colóquio sobre Alimentação na Antiguidade aproveitei a hora de almoço para dar um pequeno passeio na zona da Faculdade de Letras, onde este decorreu. Num dia de sol, a beleza da velha Universidade, agora com a escadaria e a torre limpas, tornava-se ainda mais evidente.
As fotografias mostram alguns dos pontos em que os meus olhos pousaram, procurando não me afastar do tema deste blogue.

Começo pelo Pátio da Universidade, onde é visível a Torre da Universidade, com os sinos e o relógio, construída entre 1728 e 1733, para substituir a anterior de 1561 da  autoria de João de Ruão.

Visitei a magnífica capela Real de S. Miguel, manuelina, com o seu órgão barroco, que vale só por si uma vista.
Aproveitei para tomar um café no bar da Universidade de Direito e observar, do seu terraço, a vista da cidade com o rio serpenteando em baixo.
Mesmo em frente dos nossos olhos salta-nos à vista a chaminé do Colégio dos Grilos, que foi construído em 1755 pelos Eremitas Descalços de Santo Agostinho, também conhecidos como frades grilos.
No regresso descobri com agrado, num dos painéis do corredor, em azulejos do século XVIII pintados a azul e manganês, uma imagem de um comércio citadino.
À esquerda do painel observa-se uma venda de carne, com duas peças presumivelmente assadas, um garfo de dois dentes e uma faca para trinchar as peças.
Neste intervalo do colóquio saí por momentos da Antiguidade, mudei de século, mas consegui manter-me no tema da alimentação.

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